O Advogado do Diabo: quando o ego vira altar

Uma reflexão sobre como a vaidade pode conduzir nossas decisões e nos afastar da vontade de Deus.”

INDICAÇÃO 🍿ESTUDO BÍBLICO📖

12/5/20253 min read

O ADVOGADO DO DIABO

É um filme para você refletir sobre o peso de suas escolhas e sobre quais são as verdadeiras motivações que te levam a fazê-las.

Já parou para pensar até onde sua vaidade pode te levar?

E no quanto ela pode te afastar dos caminhos da verdadeira felicidade?

E o mais importante: o quanto ela pode te levar para longe de Deus e da Sua vontade?

Não sei por que eu não assisti a esse filme antes, mas fiquei impactada.

Do início ao fim, ele prende a atenção pelo suspense, e pelo misticismo que envolve toda a trama.

Se você ainda não viu, não só recomendo que você o faça, mas principalmente para que preste atenção nisso: a cada decisão que o protagonista toma, ele tem a oportunidade indubitável de escolher conscientemente.

Ou seja, ele sabe exatamente o que está escolhendo.

E em todas elas, ele sempre se deixa levar pela vaidade.


No português, “vaidade” significa qualidade ou característica do que é vão; apreciação exagerada dos próprios méritos; ostentação física ou intelectual; futilidade (Michaelis).


Na Bíblia, porém, o termo ganha profundidade ainda maior:
• no hebraico hevel, significa aquilo que é vazio, vapor, sem substância;
• no grego mataiótēs, descreve a futilidade de uma mente afastada de Deus.


É por isso que a vaidade é tão perigosa: ela seduz, infla o ego e faz a pessoa construir a vida sobre algo que, no fim, é vapor. Em outras palavras, castelo de areia.

Não por acaso, no filme, é exatamente esse o pecado que abre cada porta – aquele que o próprio diabo declara amar.


Perceba que eu disse que Kevin, o protagonista, quis tomar cada decisão, mesmo com o peso na consciência. E ele fez isso até o fim.

Isso revela algo importante: se a raiz da vaidade não for tratada, o ciclo se repete.

A tentação pode vir mascarada de oportunidade.

Vale ressaltar que o filme não condena a competência, nem o desejo de crescimento ou sucesso profissional.
Ele condena quando o sucesso vira altar – quando o ego se torna o deus da pessoa.

E diante disso, é inevitável refletir sobre o livre-arbítrio.

1) Deus não obriga ninguém a obedecê-lo.
2) Satanás não obriga ninguém a pecar.

Fazemos voluntariamente tanto um como o outro.


O que me leva a uma pergunta séria:

Qual a bênção e qual a maldição desse presente que rebemos – o livre-arbítrio?

Já parou para pensar nisso?

Quanta responsabilidade carregamos!

O que você tem sonhado para sua vida?

Quais seus projetos pessoais, profissionais?

As escolhas que você faz – e que te levam mais perto da realização dos seus sonhos – são guiadas por valores eternos?

Ou você está sempre decidindo pelo que é daqui e de agora, pelos prazeres que o mundo pode te oferecer de imediato?

Vale essa reflexão, porque dela depende mais do que o nosso futuro: depende a nossa eternidade.


Fez-me lembrar das palavras de Moisés ao povo hebreu, antes de entrarem na terra prometida, quando os lembrou das bênçãos e das maldições de obedecer ou não ao Senhor:


“… coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição.

Agora escolham a vida…” (Dt 30.19)

Que, diariamente, escolhamos o caminho que nos leva não apenas às bênçãos de Deus, mas sobretudo ao Deus da bênção.

Amém!

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O Advogado do Diabo (título original em inglês: The Devil's Advocate) de 1997, foi dirigido por Taylor Hackford e estrelado por Keanu Reeves, Al Pacino e Charlize Theron.

Assista na HBO, Prime Video, Netflix ou Google Play Filmes.